Trouxemos 5 passos para você organizar suas dívidas e sair do vermelho de forma prática.
No ano de 2022 mais de 75% das famílias brasileiras encontravam-se endividadas, segundo dados do PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor). O aumento se deu pelo aumento das taxas de juros e também pela alta procura de crédito no pós-pandemia.
Esse fator é mais preocupante quando vemos que grande parte das famílias que estão endividadas, encontram-se na faixa de renda de até 10 salários mínimos, ou seja, as pessoas com renda mais baixa foram as mais afetadas pelas dívidas.
Se você faz parte desses números, com certeza está aqui em busca de uma luz para sair das dívidas. E nós preparamos esse conteúdo especialmente para você.
Bora lá?
1º Coloque seus ganhos e custos no papel
Quando queremos fazer o planejamento para quitar dívidas, a primeira coisa que devemos ter em mente é o quanto ganhamos e o quanto gastamos, pois a partir disso que fica possível definir quanto do orçamento pode ser direcionado para pagar as dívidas.
Então, para organizar esses dados, basta você, primeiramente, anotar todas as suas fontes de renda, ou seja, seus ganhos. Essa anotação envolve seu salário, seu pró-labore (caso seja sócio ou tenha seu próprio negócio), etc.
Com suas receitas no papel, agora é hora de anotar todas as suas despesas que incluem aluguel, energia, água, internet, pensão, etc. Aqui é importante anotar todos os seus custos fixos, pois são eles que dirão seu custo de vida.
É necessário que você tenha em mente que seu custo de vida deve ser menor que suas receitas, ou seja, seus gastos mensais fixos devem ser menores que seus ganhos das fontes de renda que você anotou. Essa diferença positiva entre custos fixos e receitas que dirão o quão maleável é o seu orçamento e quão rápido você quitará suas dívidas.
2.º Anote todas as suas dívidas
Agora é a parte mais divertida.
Seguindo o mesmo método do primeiro passo, você deve fazer o levantamento de todas as suas dívidas. Você pode buscar via extratos bancários e boletos. Ter um controle de dívidas é importante para ajudar na quitação e por possibilitar um acompanhamento a medida que cada dívida for paga.
Uma forma interessante acessar suas dívidas e, simultaneamente, ter dados completos sobre seu nome, é através do serasa consumidor. Lá você acessar a todas as suas pendências com as instituições, inclusive, pode ter acesso a ótimas negociações com o serasa limpa nomes com a possibilidade de acordos de até 90% de desconto do valor total das dívidas.
3.º Organize suas dívidas da maior para a menor
Com a lista na mão, organize suas dívidas das maiores para as menores, importante considerar as que contêm taxas de juros altas, pois essas nem sempre são as necessariamente as maiores, mas ao longo prazo pode ser um grande problema ao seu orçamento. Importante mencionar em sua lista também os juros de cada uma delas para evitar surpresas.
Essa visão panorâmica possibilita você criar um planejamento estratégico para começar sua jornada de “limpar nome”.
4.º Comece a pagar as dívidas que cabem no seu bolso
Essa afirmação pode parecer contraditória, afinal, a lógica é começar pela dívida maior pelo impacto que ela tem, caso você consiga uma boa negociação que caiba dentro do seu bolso, é super indicado que pague as maiores primeiro. Mas geralmente, como isso não acontece com tanta frequência, comece pelas menores, pois os impactos que elas terão no seu orçamento atual é menor e te possibilita ter um dinheiro extra para utilizar no próximo passo.
Uma sugestão nossa, é que quando for pagar suas dívidas, pague integralmente e evite refinanciamento. Além de te livrar de vez da dívida, essa ação evita que você entre num ciclo que possivelmente pode não sair novamente.
5.º Monte uma reserva de emergência
Tão importante quanto negociar e pagar suas dívidas, é montar uma reserva de emergência, ela vai te proteger de recorrer a empréstimos e ao cartão de crédito. Imprevistos são previsíveis , é algo que todos sabemos que pode acontecer, por que não se preparar?
Quando você está numa jornada de quitar dívidas, criar outras está fora de cogitação. Então a reserva de emergência possibilita ter uma válvula de escape caso imprevistos acontecem, o ideal é que o valor de sua reserva seja 12 meses do seu custo de vida, no mínimo seis meses (aquela primeira lista que você fez).
Dessa forma, para montá-la você vai efetuar o seguinte:
Pega a lista de custos fixos mensais, soma e multiplica por 12 ou 6.
Se seu custo de vida, por exemplo, é de R $1.500,00, o valor da sua reserva de 12 meses é R $18.000,00, e a de seis meses R $9.000,00.
Dependendo do seu custo fixo mensal, pode ser um valor alto, mas o indicado para começar a montar sua reserva é 20% do seu salário ou dos seus ganhos mensais. Esse valor não afetará tanto seu orçamento e te salvará em imprevistos futuros.
A reserva de emergência deve fazer parte do planejamento financeiro de qualquer pessoa, mas é crucial estar no planejamento do endividado também para garantir que nada afetará o orçamento afetando o pagamento de dívidas.
E aqui chegamos no final dos nossos 5 passos.
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